A quantidade de publicidade que chega a cada a um de nós é de tal
forma tanta que já quase lhe somos imunes e as técnicas de manipulação
que as empresas colocam nos seus anúncios começam a deixar de surtir
efeito.
E será que as crianças agem da mesma forma que os adultos? Será que
para elas a publicidade que surge durante um jogo no tablet, no site que
andam a explorar ou mesmo a que vêem na TV lhes passa de despercebida?
As crianças são cada vez mais seres digitais e, por esse motivo, a
verdade é que a publicidade também se começa a alterar e à procura de
alvos cada vez mais jovens.
Além dos meios publicitários mais comuns, como os cartazes, as
revistas ou a TV, elas estão também mais vulneráveis à publicidade dos
tempos modernos, aquela transmitida através da Web, das apps e das redes
sociais.
Os telemóveis passaram de uma necessidade para os adultos para um
capricho de crianças e adolescentes, no fundo estamos a falar da natural
evolução da sociedade, com tudo o que de bom e mau que existe nesta
evolução.
Obviamente que também a publicidade evolui e está a voltar-se para as crianças. Mas como são as crianças atraídas pelos publicitários?
Sendo as crianças e os jovem seres mais influenciáveis não há nada
melhor que o marketing viral para os atingir, muitas vezes através das
redes sociais, aliado à sua lealdade a uma determinada marca.
Depois, quando se querem atrair seguidores o melhor que há a fazer é
impregnar de publicidade tudo aquilo que está associado ao público-alvo.
Neste caso, são os jogos, as apps, os desenhos animados ou os Web
sites.
Só que nem sempre, nos locais frequentados pelos mais novos só surge a
boa publicidade, quantas vezes já não clicou num banner publicitário
que acabou por levá-lo a anúncios completamente desadequados a crianças?
Agora a questão impõe-se: como se podem proteger as crianças?
Nem tudo o que existe na Internet e nas novas tecnologias é uma
influencia negativa para as crianças, se assim fosse ela não estaria
ainda no ponto evolutivo onde se encontra e de boas práticas da sua
utilização o debate é bem antigo…
O facto é que as crianças são vulneráveis e impressionáveis e muita
da informação que circula por esses anúncios é imprópria para as suas
idades.
O importante é a educação. É tentar transmitir às
crianças como funcionam as práticas publicitárias, que se explique com
pequenos exemplos qual a intenção de determinada marca aplicar
determinadas imagens ou conceitos e, para tal, não são precisos grandes
conhecimentos em marketing ou publicidade.
Tão importante quanto isso é estar envolvido nas tarefas
dos mais novos, perceber por onde andam na Internet, sem precisar de
estar “em cima deles” através de ferramentas próprias de monitorização.
Activar, por exemplo, os bloqueadores de publicidade dos browsers,
principalmente nas páginas mais frequentadas pelas crianças.
É evidente que não existe uma fórmula para manter os mais novos
afastados da publicidade, mas é importante que desde cedo eles sejam
capazes de compreender que tudo não passa de uma técnica para atrair
seguidores/compradores, algo que a maioria dos adultos, principalmente
os que têm maior acesso de informação, já é capaz de perceber e ignorar.
Considera necessário proteger os mais novos da publicidade online que muitas vezes não é observada sob o olhar de um adulto?
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