Pedro Eugênio, CEO do Busca Descontos, lamenta a prática e dá dicas para que consumidores não saiam prejudicados
Os varejistas participantes voltaram a praticar a chamada "maquiagem de
preços" nas ofertas do Black Friday, megaliquidação que acontece amanhã
(23/11), no Brasil. (Veja imagem abaixo.) “É um absurdo. É lamentável",
afirmou Pedro Eugênio, CEO do Busca Descontos em entrevista a NEGÓCIOS.
Gráficos gerados em buscadores de preços, como o JáCotei e o Baixou, mostram claramente o aumento dos maiores preços. A tática é usada para que a porcentagem de desconto anunciada pelos varejistas pareça maior do que ela realmente é, fazendo com que o consumidor fique mais inclinado a efetuar a compra.
Segundo o executivo, é impossível praticar grandes descontos em alguns produtos como eletrônicos. "Não existem descontos absurdos em preços, principalmente em eletrônicos, até porque não existe essa margem. Hoje, o ganho que o e-commerce tem em um notebook é de pouco mais de 1%, por exemplo", explica.
Ou seja, apesar de os participantes alardearem descontos de até 90%, de
acordo com o Busca Descontos, a maioria das promoções oferecem preços
de 15% a 30% menores, em média.
As promoções mais vantajosas, com desconto realmente maiores (cerca de 75%) são possíveis em itens de vestuário e calçados. Nesses casos, os lojistas têm uma margem maior no produto e condições diferentes de negociação.
A sugestão de Eugênio para que o consumidor se proteja é que ele observe os preços ofertados e faça uma pesquisa. "Seja na loja física ou na online, independentemente da porcentagem, veja se a compra vale a pena ou não pela média de preços no mercado."
O Procon e especialistas em varejo online deram algumas dicas para se proteger de compras duvidosas (veja reportagem de NEGÓCIOS). Segundo o Busca Descontos, o site criou algumas ferramentas para evitar problemas como este. Uma delas foi um time com a função de verificar se ofertas são ou não maquiadas e tirar do ar o que for “maquiagem” automaticamente. A ideia é evitar novos problemas com o Procon.
As promoções mais vantajosas, com desconto realmente maiores (cerca de 75%) são possíveis em itens de vestuário e calçados. Nesses casos, os lojistas têm uma margem maior no produto e condições diferentes de negociação.
A sugestão de Eugênio para que o consumidor se proteja é que ele observe os preços ofertados e faça uma pesquisa. "Seja na loja física ou na online, independentemente da porcentagem, veja se a compra vale a pena ou não pela média de preços no mercado."
O Procon e especialistas em varejo online deram algumas dicas para se proteger de compras duvidosas (veja reportagem de NEGÓCIOS). Segundo o Busca Descontos, o site criou algumas ferramentas para evitar problemas como este. Uma delas foi um time com a função de verificar se ofertas são ou não maquiadas e tirar do ar o que for “maquiagem” automaticamente. A ideia é evitar novos problemas com o Procon.
Outra é o botão “Denuncie”, por meio do qual o consumidor pode
denunciar descontos irreais. Se a denúncia for verdadeira, ela também
sairá da página do Black Friday. O selo “Oferta Black Friday” também
garante a segurança do consumidor e funciona como indicação dos melhores
anúncios. “Uma boa dica é entrar pelo portal do Black Friday e não pelo
site dos varejistas.”
As redes sociais podem funcionar como aliadas na hora da compra. A
página do Black Friday no Facebook já possui 227 mil seguidores. Lá e no
endereço oficial do Twitter é possível acompanhar os principais
acontecimentos e ofertas do evento. O agregador Zoom fez parceria com o
Facebook e reunirá as promoções do Black Friday.
“Seguir as páginas dedicadas ao Black Friday e seguir amigos que vão
participar do dia de promoções são uma boa. Vai rodar muita informação
nesses lugares”, afirma Eugênio. Além disso, as redes funcionam ainda
como salvaguarda para os clientes. “Sinto que tem sido uma preocupação
dos parceiros, eles sabem o tamanho da repercussão que uma reclamação
pode ter nas redes.”
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