Programas de capacitação e incentivo podem ajudar quem quer abrir o próprio empreendimento, mas não tem muito capital de giro
Capacitação é fundamental para que pequenos empresários possam tocar seu negócio Agência Sebrae/ Divulgação
Com a economia aquecida e o nível de consumo do brasileiro crescendo consideravelmente nos últimos anos, aumentou também o interesse do brasileiro em começar seu próprio negócio. Para quem deseja se tornar um empreendedor, mas tem um capital de giro limitado, existem algumas boas alternativas. É possível criar sua própria empresa com até R$ 5.000.
Uma boa opção para quem deseja montar uma empresa com pequeno capital de giro são as microfranquias. Sem a exigência de grandes investimentos, como nas franquias tradicionais, o setor vem crescendo consideravelmente nos últimos anos.
A franquia é, basicamente, a concessão de direito de uso de uma marca de produtos e/ou serviços. Embora o sistema tenha se popularizado graças a grandes marcas, existem marcas menores, inclusive aquelas na qual o empresário pode investir R$ 5.000.
Segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising), as microfranquias representam 17% do total de opções de franchising e 4% do faturamento do setor, o equivalente a R$ 3,7 bilhões. Somente no ano passado, 123 novas marcas foram criadas.
“A microfranquia é a solução para um problema cultural: o brasileiro sempre foi preparado para ser empregado. Hoje, ele quer ser empresário e tem condições para isso, mas não sabe como fazer”, Renato Ticoulat Neto, diretor de novos negócios da Jan-Pro no Brasil.
A empresa, especializada em microfranquia voltada ao setor de limpeza, adotou um sistema especial de trabalho. Com apenas R$ 5 mil, é possível passar por um processo de qualificação para montar o próprio negócio. Em seguida, a Jan-Pro se encarrega de conseguir clientes para o novo empresário.
No futuro, o empreendedor paga um percentual dos novos contratos que obtiver. Ticoulat cita exemplos de sucesso, como o de um funcionário de restaurante que abriu o próprio negócio. “Ele ganhava R$ 2 mil brutos. Logo no início, passou a ganhar R$ 2,4 mil líquidos, mesmo contratando uma funcionária. Agora, conseguiu mais um contrato grande e triplicou os ganhos”, explica.
Para ele, o ponto fundamental da microfranquia é capacitar o empreendedor. “É preciso ajudar o empresário até que ele possa andar com as próprias pernas”.
Cursos
Um dos principais canais de apoio é o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que oferece uma série de cursos e publicações tanto para quem deseja abrir o próprio negócio quanto para o empreendedor que deseja evoluir.
Um dos cursos mais importantes do Sebrae é o IPGN (Iniciando um Pequeno Grande Negócio), de curta duração. O programa ajuda na formulação de um plano de negócio e é realizado em duas modalidades: presencial (com 30 horas de duração) e à distância (curso via internet com carga horária equivalente a 15 horas, com previsão de duração de 30 dias.)
Como suporte aos cursos, existe a série de publicações chamadas “Ideias de negócio”. O material traz informações específicas sobre cada atividade empresarial. As informações abordam aspectos sobre legalização, características técnicas da atividade, estrutura do negócio, mercado, entre outros temas.
Apoio amplo
O Sebrae também oferece uma ação combinada, por meio de palestras, oficinas e consultoria. São apresentadas noções sobre a importância de levantar dados e planejar o empreendimento, como a elaboração de um plano de negócio.
Outras informações podem ser obtidas no site do Sebrae, que possui um espaço especial para quem quer abrir o próprio negócio.
Os cursos têm ajudado várias pessoas a montar o próprio negócio. Alguns já se preparam para alçar voos mais altos, como o empresário Thiago Silva Carneiro. Após iniciar o processo de capacitação do Sebrae, ele já se planeja para montar uma fábrica de equipamentos para esportes de aventura.
“Fazendo o curso, posso saber qual a melhor modalidade de empréstimo, além de outras informações, como o local para as instalações”, explica Carneiro.
Morador de Fortaleza, ele começou o primeiro módulo da capacitação em julho e elogiou a estrutura do Sebrae. “Fico feliz por poder dispor de um instrumento destes no Ceará, que além de ajudar na independência financeira, ainda gera empregos e movimenta a economia do Estado”.
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