1. Ouça as críticas com atenção e use-as para melhorar o seu trabalho, ou
2. Ignore as críticas e siga a sua intuição.
Obviamente, existe uma contradição aí, a qual precisa ser trabalhada.
Artigo traduzido e adaptado do original “On Criticism, Cynicism & Sharpening Your Gut Instinct”, do blog 99%.
Quando você está começando um negócio, desenvolvendo um trabalho de design, trabalhando com um cliente etc., existem muitas decisões a serem tomadas. Você ouve todas as críticas e muda o rumo do que está fazendo ou não ouve e segue a sua intuição e acredita no que está fazendo?
Saber o que ouvir – ou não ouvir – talvez seja o instinto mais importante que você deve ter. Muitas inovações que vemos hoje já foram incompreendidas. Na verdade, pesquisa e dúvida são parte do preço que temos de pagar por querer percorrer o caminho menos utilizado. Mas, saber disso não torna as coisas mais fáceis.
A questão é: quando você deve ouvir as críticas e dogmas, e quando deve ignorá-las e seguir o caminho do seu jeito?
Saboreie as críticas, evite o cinismo
Crítica é a dúvida informada pela curiosidade e um profundo conhecimento de uma disciplina relacionada ao seu trabalho. Não importa se a crítica que você está recebendo seja construtiva ou não, ela vem do conhecimento. Frases do tipo “Eu não tenho certeza se as pessoas vão pagar este valor por este produto” ou “você provavelmente não vai querer terceirizar aquele acabamento especial do qual o produto necessita” podem fazer você questionar a sua abordagem.Em contrapartida, o cinismo é uma forma de dúvida resultante da ignorância e de formas antiquadas.
Os experts da indústria geralmente expressam dúvida baseados em suas memórias de experiências que tiveram no passado, que acabam prejudicando a sua visão de futuro. Afirmações cínicas como “As pessoas nunca irão ler um livro no computador” ou “Por que alguém iria colocar a sua lista de contatos online?” são dúvidas famosas expressadas por experts com visões de futuro deficientes.
“Saber qual feedback abraçar e qual descartar talvez seja o instinto mais importante que um líder criativo deve ter.”Dúvidas e perguntas podem ser valiosas, mas não quando são semelhantes à xenofobia. Quando os investidores – e o público em geral – evitam algo porque simplesmente é estranho ou novo… Bem, isso significa, provavelmente, que você deu um passo a mais, o que é uma coisa boa!
Empresas e projetos transformadores são como quebra-cabeças, e é difícil para a maioria das pessoas visualizarem o quadro completo quando metade das peças está faltando.
Como empreendedores, devemos salvar as críticas e ignorar o cinismo desenvolvendo o instinto de perceber quais ideias são realmente boas e quais são de curta visão. Este instinto é a vantagem competitiva para inovadores de todos os tipos, e ele vem do seu interior.
Lapidando o seu instinto
O instinto é a combinação de vários anos de experiência? É baseado na autoconfiança? Como você lapida os seus instintos?- Calcule a credibilidade de tudo o que você ouve. Se você estiver conversando com um experiente profissional de outra área, verifique se ele é qualificado para dar opiniões sobre o seu projeto. Será que a perspectiva dele é a de um consumidor potencial? (Se sim, tenha em mente que, possivelmente, um consumidor não saiba exatamente o que ele quer). Mas, se a pessoa tiver grande experiência na área em que você vai atuar, você deve lhe dar mais confiança. Depois de absorver as dicas, determine o quão credível e aplicável é a ideia.
- Separe o medo e a emoção da lógica. Você consegue analisar o que ouviu sem envolver o ego e os medos humanos que todos nós carregamos – como o medo de fracassar? Isso não quer dizer que você deva ignorar seus medos e suas emoções. Pelo contrário, você deve identificar a raiz deles. Se você achar que o que ouviu é frustrante, pergunte-se qual é a razão. Muitas vezes, você está se baseando em suposições do passado (quando, por exemplo, você investiu muito e não obteve retorno). São conhecidos alguns empreendedores que reconheceram as suas falhas, mas perderam a chance de consertar porque não foram capazes de enfrentá-las.
- Reconheça padrões, mas não recorra a eles. Sem dúvida, uma grande parte do instinto vem do reconhecimento de padrões. Ver a mesma coisa acontecer, de novo e de novo, dá a você o instinto do que pode acontecer da próxima vez. Ao mesmo tempo, anos e anos de experiência podem fazer você cair no cinismo. O truque é manter a sua tese para o futuro comparando com experiências passadas. Você deve revisar a sua decisão através de dois pontos de vista: as experiências que teve no passado (muitas vezes da maneira mais difícil), e a sua convicção nos próximos passos. Algumas vezes, você reconhece um padrão e percebe que ele deve ser quebrado.
- Aprenda com os exames minuciosos. O seu instinto não vai ser melhorado caso você não faça um exame minucioso. Muito feedback pode trazer, na melhor das hipóteses, várias ótimas ideias e, na pior das hipóteses, apenas ruído. Faça o que fizer, não ignore as críticas. Com o feedback você só tem a ganhar, pois ele desenvolve o seu instinto e deixa ele fazer o seu trabalho.
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