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Tire suas tranqueiras do armário

Rogério Cassimiro
DEPÓSITO
Guilherme Brammer, criador do site DescolaAí, em seu quarto de entulhos. Ele diz que vai oferecer alguns de seus próprios bens para aluguel
Sabe aquela prancha que há tempos não vê o mar? Ou a furadeira parada desde a última mudança? Seu vizinho pode precisar delas. Chegou a hora de abrir a porta de seu quartinho da bagunça e fazer dinheiro com o que antes só servia para juntar pó. No próximo mês, entrará no ar o serviço mais abrangente de consumo colaborativo do Brasil: o DescolaAí. É uma rede social na qual você pode alugar um objeto de que precisa, mas que não vale a pena comprar. O sistema se baseia em um novo modelo de negócios da internet, o compartilhamento de bens, uma tendência global que faz bem para seu bolso e para o meio ambiente.


O DescolaAí vai funcionar assim: o consumidor cadastra seus dados pessoais e seus interesses. Na outra ponta, alguém (também cadastrado) faz uma relação de coisas que pretende alugar. Um sistema de geomarketing cruza as informações de quem procura um objeto com o perfil de quem tem esse objeto. A ideia é apresentar pessoas próximas, num raio de até 1 quilômetro. Ambos se encontram na rede, conversam e fecham o negócio.
   Reprodução   Reprodução
Para ter certeza de que quem bate em sua porta não é um ladrão, mas sim um pretendente para sua máquina de costura, o DescolaAí gera uma senha idêntica para o locatário e o locador. Ambos devem anunciar o código logo no primeiro encontro. Você vai se sentir um agente secreto. Há um minicontrato para garantir o uso correto. Se houver qualquer problema, o portal faz a intermediação. O pagamento só ocorre depois que o produto é devolvido e checado. Na última etapa, cada um dos negociadores dá uma nota para o processo. Talvez esteja aí o segredo do sucesso das transações: a preocupação com a reputação. “A própria rede se autogerencia”, afirma o empreendedor paulistano Guilherme Brammer, que criou o site.
Dono da GreenBusiness, uma empresa de soluções para resíduos industriais, Brammer gastou muita saliva para convencer investidores a colocar dinheiro no DescolaAí. Deu certo. O portal de aluguel de quinquilharia conseguiu R$ 1 milhão em aportes. “É um site para pessoas que têm tranqueira em casa e querem ganhar dinheiro com isso”, afirma ele, grande entusiasta do compartilhamento. Ele diz que também vai colocar suas bugigangas para alugar. A expectativa é chegar a 100 mil usuários até meados do próximo ano.
O conceito por trás desse modelo de negócios é o compartilhamento de bens. Já virou tendência em outros países, mas ainda é pouco conhecido por aqui. Algumas empresas americanas e europeias faturam milhões com o aluguel e a troca. “Estamos criando uma economia em que o acesso a bens, serviços e talentos vence a propriedade deles”, afirma a empresária Lisa Gansky, autora do livro Mesh: por que o futuro dos negócios é compartilhar, recém-lançado no Brasil. “Em muitos casos, é mais barato e mais conveniente ter acesso a alguma coisa, em vez de possuí-la.” Brammer diz que há hoje nos EUA cerca de 50 milhões de furadeiras. A média de uso da ferramenta é entre seis e 13 minutos. “Faz mais sentido pagar pelo uso de uma furadeira do que pela propriedade”, diz.
Os negócios de compartilhamento nos Estados Unidos vêm se expandindo rapidamente. Na mesma linha do DescolaAí, há pelo menos três grandes empresas americanas: o NeighborGoods, o SnapGoods e o ShareSomeSugar. Todos promovem o aluguel de objetos na vizinhança. Há também os sites especializados. O ThredUp é um deles. O portal americano visa à troca de roupas. Nasceu com o foco nos adultos, mas logo descobriu outro filão de mercado, as crianças. Pelo ThredUp, são negociadas cerca de 14 mil peças infantis todo mês. Aquelas roupinhas que ficaram pequenas para os filhos.
Essas empresas buscaram inspiração na mesma fonte, a Zipcar. A americana não fabrica, não conserta nem vende automóveis. Ela os distribui por diferentes pontos da cidade, para atender aquele que precisa de um carro naquele momento. É diferente das companhias convencionais de aluguel, principalmente porque você pode ter o automóvel só por algumas horas. O crescimento da Zipcar na última década é surpreendente: uma média de 30% ao ano. Poucas empresas alcançaram essa taxa. Em nove anos, ela expandiu 674%. Estima-se que os usuários do serviço economizem uma média de US$ 400 a US$ 600 por mês com seguro, manutenção e combustível.
O cenário econômico na Europa e nos EUA ajuda a explicar o sucesso. A recessão nessas regiões foi definitiva para o salto desses negócios. Com a crise, os consumidores viram uma oportunidade nos apetrechos guardados na garagem. “Muitas pessoas e empresas estão reconsiderando a relação entre o custo e o valor real das coisas”, afirma Lisa. Ela dá um exemplo: os carros americanos e europeus, diz, são usados só 8% do tempo. Os outros 92% ficam parados no estacionamento. “O tempo em que não são usados é lixo”, diz ela.
Tim Sloan/AFP, PRNewsFoto/Zipcar/AP e Jessica Hill/APTim Sloan/AFP, PRNewsFoto/Zipcar/AP e Jessica Hill/AP
Essa revisão dos moldes do consumo tem instigado alguns questionamentos. Faz mesmo sentido para a maioria das pessoas comprar um carro? Ou seria mais eficiente e econômico compartilhar um? As empresas tradicionais já começam a repensar seus modelos e apostar em experiências de microlocação. Recentemente, a montadora alemã Daimler AG (antiga DaimlerChrysler) lançou o car2go, um serviço de compartilhamento de carros parecido com o Zipcar que já chegou a vários países. “A empresa está chegando a outro tipo de cliente, que provavelmente não compraria um de seus veículos hoje”, afirma Lisa.
A ideia básica do consumo colaborativo é devolver o uso ao que estava desenganado no fundo do armário. Quando as pessoas fazem isso, segundo alguns ambientalistas, além de economizar (numa ponta) e ganhar dinheiro (na outra), elas dão uma folga para o planeta. Existe uma linha da economia que defende um crescimento mais baseado em serviços do que em bens. Seus principais representantes, os economistas americanos Herman Daly e Robert Constanza, afirmam que isso continuaria aumentando nosso bem-estar e reduziria os impactos sobre os recursos naturais da fabricação de novos produtos. Existe outro ganho, além do ambiental. O pesquisador Paul Zak, da Universidade da Califórnia, analisou participantes de sites de compartilhamento. Segundo ele, a relação com os vizinhos reduz o isolamento social e refresca nossa rede de amigos. “Estamos atendendo ao desejo de, em um mundo acelerado, ainda manter conexões reais com a comunidade”, diz.


 Como Funciona


  • Quando alguém se interessa pela sua oferta, é iniciada uma transação.
  • Como usuário Ofertante, você faz a entrega do produto/serviço transacionado.
  • Confirmada a entrega, você recebe o valor em Pontos de Permuta digital pela transação concluída, transferidos do usuário Permutante para você.
  • Você acumula mais PPD’s ao fazer mais ofertas que venham a ser transacionadas com outros usuários.

O Permutante:


Quem se interessa por um produto ou serviço.

  • Ao encontrar uma oferta de outro usuário –um produto / serviço que você deseja – você inicia uma transação como usuário Permutante.
  • Confirmado o recebimento do produto / serviço, o valor em Pontos de Permuta Digital é transferido do seu escritório virtual para o usuário Ofertante.


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